Pequeno conto que “pari”

JÃO ACHA MELHOR NAMORAR A LUA.

Foto: Arquivo Pessoal

E ela chegou!

Sem mais nem menos, sem avisar.

Com a aparência da primeira e o mesmo nome da segunda, deixando o Jão sem chão.

Ofuscou os olhos e bagunçou o coração do “home” que de queixo caído não acreditava que isso poderia acontecer.

Pensava alto: “como pode parecer assim com a fulana e ter o mesmo nome da sicrana?”

Os sentimentos afloraram doidamente, amou as duas loucamente mas não queria mais nenhuma das duas, queria paz, estava em paz.

Estava… agora não está mais!

A presença daquela mulher que agora estava na sua frente era perturbadora, parece com uma e tem o mesmo nome da outra.

Doideira, sô!

“Num é pussive, devo de tá sonhandu”, engolia a saliva “a seco” que até doía a garganta.

Os pensamentos ferviravam na sua mente que… “mentindo assim para mim só pode mentir né mente?”

Pensava, pensava e logo vinha na sua frente a visão da primeira; um amor abrangente que durou anos, muitos anos, mas que escapou de repente e sem deixar avisos, sumiu.

Quase afundando de vez, topou com o segundo amor… durou pouco, mas amenizou a dor que a primeira deixou.

Jão não pautou pela beleza, a primeira era linda, a segunda muito bela e tinha um nome que ao pronunciá-lo enchia o seu coração de paz, mas… também foi um amor que se desfez, ela simplesmente foi embora com outro sem dizer adeus.

Jão fez de tudo para não “acabar com tudo”.

Recordava da lindeza da primeira, que conseguiu até por causa da dor, esquecer do nome, recordava da segunda que somente tinha beleza mas tinha um nome lindo.

Orou muito e conseguiu novamente sair do fundo do poço.

Guardou consigo mesmo que amou a primeira, amou a segunda, se entregou de corpo e alma, não traiu nenhuma das duas e foi “descartado” como um traste qualquer.

Mas… sempre existe um mas… a terceira chegou, entrando sem avisar na frente  de seus olhos ofuscando a sua visão.

Não, não, não. Não podia ser a primeira que tinha voltado, mas ao ouvir o nome dela, quase desmaiou, era exatamente igual o nome da segunda.

Jão piscou, pigarreou, tossiu até quase perder o fôlego, tinha que manter a calma para não resgatar o sentimento chamado AMOR que ele fez adormecer no fundo da sua consciência, não permitiria que ninguém mais iria fazê-lo sofrer por esse tal “mal de amor”.

Hoje Jão vive encontrando a terceira que é a copia perfeita da primeira e tem o nome igual a segunda, mas… desvia seus pensamentos indo jogar futebol com os amigos.

No campo, Jão é feliz!

 

Foto: Arquivo Pessoal

  WANDENILZA CALDONAZZO

Nasceu em Estiva, no Estado de Minas Gerais, no dia 15 de setembro de 1952. Formada em Ciências Humanas, e em Educação Física.

Reside em Itaí desde 1964. Escreve poesia desde os doze anos, suas poesias são mais conhecidas em Porto Alegre–RS, onde recebeu com louvor o Grau de Confrade G-2 da Ordem da Confraria dos Poetas do Brasil no ano de 2000.

No mesmo ano, recebeu Menção Honrosa em Concurso Literário, participando da Antologia Poética 2000, com várias poesias publicadas com poetas do país inteiro. Participou do Projeto, em pró do Timor Leste, onde teve uma poesia “Tempo de Guerra” publicada no livro PAZ – Manifesto à Paz Mundial (2003), onde recebeu o Diploma de Mérito Humanitário Internacional. Foi Destaque Especial no II Concurso de Poesias da cidade de Avaré no ano de 1995, tendo suas poesias publicadas na Antologia do concurso.

“Poemas Poesias e Fragmentos” (2003), publicado pela Editora Nativa – SP, foi lançado na Bienal do Livro do ano de 2004, em São Paulo.

“Cristais”, (2004), segunda edição.

Tem poemas, poesias e crônicas publicados em vários projetos realizados em sua cidade.

“1ª Antologia Poética de Itaí.

“Nas pegadas de São Caetano” (2005) Poesias católicas.

“Projeto Ecoteca (2006) – Aconteceu assim…” – crônicas acontecidas entre Professores e alunos.

“Lendas Urbanas de Itaí” (2016) Histórias que viraram lendas, que são apresentadas nas CAMINHADA DAS LENDAS URBANAS DE ITAÍ, teatro saindo do Museu Municipal, passando pelos locais onde as lendas aconteceram e termina dentro do cemitério municipal.

Representa Maria, a mãe de Jesus Cristo a mais de 20 anos na encenação da Paixão de Cristo em sua cidade.

É integrante do grupo de teatro: Arteiros, de Itaí, com vários personagens já encenados e registrados no currículo de atriz.

Ama Itaí como o seu “Pedaço de Paraíso” no Planeta Terra.,

Wandenilza Caldonazzo-src

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