
O Hospital das Clínicas da USP registrou em agosto o primeiro caso no mundo de trigêmeos nascidos de um útero transplantado. É também o primeiro transplante com doadora viva na América Latina.
A paciente, que nasceu sem útero devido à síndrome de Rokitansky, recebeu o órgão da irmã, que já tinha dois filhos e decidiu doar. Apesar de apenas um embrião ter sido transferido para evitar gestação múltipla, ele acabou se dividindo duas vezes — evento raro, com cerca de 0,04% de chance.
Por se tratar de uma gravidez múltipla em útero transplantado, a gestação foi acompanhada por uma equipe multidisciplinar. Os trigêmeos nasceram prematuros, após sete meses, mas já receberam alta e têm bom desenvolvimento.
O caso reforça a viabilidade do útero transplantado para gestações, inclusive gemelares, e mostra que embriões congelados por muitos anos continuam funcionais. Especialistas destacam ainda o pioneirismo do Brasil nesse tipo de procedimento.
Fonte: Agência SP




