Polícia Civil começa a investigar o maior crime ambiental da história de Taquarituba

Foto reprodução

Demorou, mas o crime ambiental que provocou êxodo de animais de um valioso remanescente de Mata Nativa, considerada Floresta Atlântica, em Taquarituba, chegou até a polícia judiciária.

O crime que ocorreu no dia 19 de março tem mobilizado diversos setores da comunidade taquaritubense que não se resigna ante a tamanha perda.

O brutal crime foi tamanho que levou vários macacos Bugios, moradores da “Mata do Eugênio” a entrar na cidade, passar perigosamente por fios de rede de alta tenção, subir em árvores da praça, circular por várias e ruas, até retornarem para sua casa, devastada.

Para ambientalistas e conservacionistas, isso foi um incrível protesto realizado pelos animais.

A Polícia Civil registrou o documento como “Destruir ou danificar floresta” (artigo 38 do atacado e maltratado código ambiental).

Tratado como crime consumado de destruir vegetação primária ou secundária, o Boletim de Ocorrência insta a autoridade policial a investigar os envolvidos, identificados como Gabriel Eugenio Soldera Bernardes, de 41 anos, coordenador do Meio Ambiente da Prefeitura de Taquarituba e o dono da área, Luciano Fernandes Cardoso, de 46 anos, proprietário do Supermercado Carolina.

Conforme rege o documento policial, uma cópia do Boletim de Ocorrência Ambiental, de autoria da PM Ambiental de Sorocaba, foi recebida pela Delegacia de Polícia da cidade.

O ofício da Ambiental cita o departamento ambiental da Prefeitura, devido a autorizado do corte ter sido expedido pelo coordenador Gabriel Soldera. O ofício, de forma sucinta, diz que um anexo estaria descrevendo diversas autorizações de corte de árvores emitidas pela Coordenadoria Municipal de Meio Ambiente.

Segundo o relatado durante a última sessão de Câmara em Taquarituba, a autorização de manejo tem de passar pelo clivo da Cetesb, o que não vinha ocorrendo. A Polícia Civil investiga o crime.

Fonte: portal Sudoeste Paulista

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