Prefeitura de Sorocaba cria barreiras humanitárias para evitar surgimento de ‘mini-cracolândias’

A prefeitura da cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, vai adotar barreiras humanitárias para evitar que dependentes químicos vindos da Cracolândia entrem na cidade. A medida vem após a migração de aproximadamente 600 usuários em apenas um mês. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, deste sábado, 4, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos) falou sobre o tema e justificou a adoção das barreiras. “Na última semana identificamos sete novas pessoas que vieram da Cracolândia de São Paulo. Somente no mês de maio, 60 pessoas que estavam na Cracolândia de São Paulo, após ações (das autoridades) migraram para a cidade de Sorocaba”, disse Manga, que continuou: “Nós vamos criar barreiras nas rodoviárias e nas rodovias no sentido de identificarmos a chegada destes usuários de drogas. Eles serão abordados e será oferecida ajuda a eles. […] para que eles possam sair desse vício terrível”, explicou.

“Esse fato não é exclusivo de Sorocaba. Essa migração está acontecendo por todas as cidades do interior. Nós identificamos rapidamente em Sorocaba e o que nós queremos evitar, e nossa ação foi rápida, é que a Cracolândia se transforme em ‘mini-cracolândias’ no interior paulista”, continuou Manga, que deu detalhes sobre projetos da prefeitura para acolher dependentes químicos. “Nós temos uma ação chamada ‘Humanização’, que nós realizamos desde o início de 2021, onde a Secretaria de Cidadania, junto a entidades que fazem o acolhimento de dependentes e a Guarda Municipal, aborda as pessoas na rua oferecendo tratamento de álcool e drogas. Cerca de 90% das pessoas são usuárias de álcool ou crack. Ela não aceitando, nós oferecemos que ela vá para uma casa de passagem e não fique nas ruas”, explicou, dizendo que procurados pela justiça e traficantes são sujeitos a ações militares par que respondam judicialmente.

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