A juventude do Paulistano superou a experiência de Bauru no primeiro jogo da série melhor de cinco pela final do NBB. Com um final de jogo emocionante neste sábado (27), no ginásio Antonio Prado Jr., em São Paulo, a equipe da capital venceu por 82 a 78 e fez 1 a 0 na decisão. O segundo jogo será na próxima sexta-feira, dia 2 de junho, desta vez no ginásio Panela de Pressão, em Bauru.
O cestinha do Paulistano foi o armador Yago, que saiu do banco de reservas para anotar 14 pontos. Daniel Hure (13), Arthur Pecos (12) e Lucas Dias (12) também tiveram um bom desempenho ofensivo. Pelo lado de Bauru, Léo Meindl, Jefferson e Alex se destacaram, com 18 pontos cada um.
Ao som do tema da cavalaria, o Paulistano começou o jogo com tudo. Com Arthur Pecos pressionando o armador Gegê desde o fundo bola e uma marcação agressiva, o time da capital forçava erros consecutivos do adversário. Uma bola de três de Lucas Dias abriu o placar, que chegou a ficar 10 a 2 para o time da casa.
Aos poucos, no entanto, o experiente time do Bauru se acalmou em quadra, parou de precipitar os ataques e, com isso, foi encostando no placar, com destaque para Léo Meindl no ataque. Com dois lances livres convertidos pelo pivô Shilton, os visitantes empataram o jogo em 13 a 13 e viraram para 15 a 14 com pouco menos de 2 minutos para o fim do primeiro período.
O quarto inicial continuou com alternância no placar até que o argentino Daniel Hure acertou uma bola de três no estouro do cronômetro e deixou o Paulistano em vantagem ao final da primeira parcial: 20 a 19.
O Paulistano voltou para o segundo período novamente em alta velocidade e anotou sete pontos consecutivos. Pressionado por uma marcação agressiva, Bauru forçava o ataque e pagava o preço. Uma cesta de Renato em assistência de Lucas Dias com 6 minutos para o fim da parcial fez o técnico Demétrius Ferracciú pedir tempo.
A parada deu resultado. Bauru, enfim, anotou os dois primeiros pontos no quarto com Gui Deodato, após dois rebotes de ataque consecutivo. O ala anotou mais três pontos na sequência. O Paulistano respondeu com uma bola de três de Eddy, mas os visitantes encostaram novamente com Léo Meindl, que anotou dois pontos, sofreu falta e converteu o ponto de bonificação.
Com o placar apertado (30 a 27 para o Paulistano), Bauru se ressentia da baixa produção ofensiva de Alex. Com pouco mais de três minutos para o final do primeiro tempo, o ala ainda estava com pontuação zerada. A primeira cesta só foi convertida em um lance livre, o que bastou para o experiente jogador entrar na partida. Pouco depois, ele acertou uma bola de três para empatar o jogo em 32 a 32.
O técnico Gustavo de Conti pediu tempo e o Paulistano voltou exercendo uma marcação por zona. A entrega defensiva fez o time sofrer apenas dois pontos e anotar nove, em duas bolas de três de Yago e outra de Georginho de Paula. Resultado: vitória parcial por 41 a 34 na ida para o intervalo.
O terceiro período começou com muitos erros ofensivos, principalmente de Bauru, que cometeu algumas violações. O Paulistano aproveitou e anotou cinco pontos em sequência para abrir a maior vantagem no jogo até aquele momento: 12 pontos (46 a 34). Demétrius Ferracciú teve de pedir tempo para tentar recolocar o time do interior paulista no jogo.
A produção ofensiva, no entanto, comprometia o desempenho de Bauru. Alex errou três bolas consecutivas de três pontos, todas elas sem marcação. O Paulistano não perdoava e ia ampliando sua vantagem, que, com seis minutos para o final do período, era de 51 a 37.
Melhor jogador de Bauru, Léo Meindl sentiu o peso da forte marcação e passou a ficar irritado, questionando os árbitros pela não marcação de faltas, o que forçou Demétrius Ferracciú a tirá-lo do jogo. O Paulistano não diminuiu o ritmo e continuou pontuando. Os visitantes perderam a cabeça e tomaram duas faltas técnicas em sequência.
Com tranquilidade para trabalhar o ataque e uma defesa agressiva, o Paulistano fez 25 a 16 na terceira parcial e abriu uma vantagem de 16 pontos (66 a 50) para o último período.
Bauru voltou para a última parcial com uma marcação por zona, mas não conseguia conter o ataque do Paulistano. A equipe da capital se movimentava com rapidez e encontrava espaço para somar pontos preciosos. Os visitantes tiveram o retorno de Léo Meindl, mas a bola do ala teimava em não cair. Irritado, ele cometeu uma falta antidesportiva em Arthur Pecos. Era o retrato de uma equipe com os nervos à flor da pele.
Com os jogadores de Bauru reclamando com os árbitros de cada marcação, o Paulistano continuou jogando com muita calma, sem qualquer afobação. Era o time da capital, com média de idade de apenas 21,9 anos contra 27,3 dos visitantes, que parecia acostumado com um jogo decisivo. Com cinco minutos para o final da partida, o placar apontava 77 a 63.
Bauru, enfim, resolveu esquecer um pouco os árbitros e voltou ao jogo com seis pontos consecutivos. A diferença caiu para oito pontos com três minutos por jogar. A partida ganhou em emoção, mas os garotos do Paulistano conseguiram controlar o experiente time adversário e venceram o primeiro confronto da final.