Índices de casos de estupro registrados em Bauru aumentaram 28,5% somente no primeiro quadrimestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, de janeiro a abril de 2024 foram 54 vítimas no total, 47 das quais vulneráveis. Em 2023, enquanto isso, o número de casos no mesmo período somou 42.
De janeiro a dezembro de 2023 foram 175 estupros denunciados na cidade. Foi o maior número de casos registrados desde 2001. Nessa proporção de crescimento, indicam os dados, Bauru pode viver um novo recorde de estupros em 2024. No quadrimestre deste ano, 87% (47 vítimas) dos casos são registros de estupros de vulnerável. Isso significa que as vítimas são menores de 14 anos, pessoas com deficiências (PCDs) ou que estavam embriagadas.
No quadrimestre deste ano, 87% (47 vítimas) dos casos são registros de estupros de vulneráveis. Isso significa que as vítimas são menores de 14 anos, pessoas com deficiências (PCDs) ou que estavam embriagadas. Segundo a pasta, 73% dos casos registrados no País ocorrem dentro da casa das vítimas. Titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Bauru, Márcia Regina dos Santos afirma que em Bauru não é diferente. Ao JC, ela explicou que, entre as vítimas de estupro de vulnerável, a maioria é menor de 14 anos.
A delegada ressalta que o aumento de boletins de ocorrência de estupro está relacionada ao fortalecimento da rede de proteção às vítimas, já que unidades de saúde, escolas, serviços de assistência social, conselhos tutelares e polícias estão mais atentas a essas situações.
Hoje, diz a delegada, se uma criança vai a uma UPA ou a uma escola e um funcionário suspeita de abuso sexual, ele já encaminha o caso para todos os órgãos responsáveis. Antigamente isso não ocorria, especialmente porque os colaboradores não tinham o treinamento adequado. Márcia diz ainda que não são raros os relatos que chegam à DDM sem esta avaliação preliminar e que se tornam inquéritos posteriormente arquivados pelo Judiciário por ausência de provas.
“Isso contribui para o aumento das estatísticas, sem, necessariamente, o crime ter ocorrido. Mas acredito que, aos poucos, os devidos ajustes vão sendo feitos”, acrescenta.
Fonte: JCNET