Você foi embora e deixou um vazio no meu peito, deixou um buraco na minha alma.
Todos os dias lamento essa amarga solidão, não sei porque isso aconteceu, não sei mais quem sou.
Um jardim sem flores, uma canção sem melodia, um caminhar sem ter onde pisar, nada mais tem sentido.
Tenho procurado diversas razões para não pensar na tua falta, mas… nada me preenche, nada te substitui.
Não sinto falta do teu cheiro, do teu beijo, do teu ego, sinto falta de ter alguém como você era para mim.
Meu rapaz, meu Homem com “H” maiúsculo, para andar de mãos dadas, que me ame, que eu possa amar sem medo. Me pergunto, “que problema tenho?”. Não há respostas, só queria e quero ser amada.
Nas noites solitárias, converso silenciosamente comigo mesma, uma frase ecoava insistente na minha mente: “Queria entender você”. És como um mantra sussurrado pelas sombras da incerteza, uma busca louca por respostas em um labirinto de emoções desconhecidas.
Cada gesto, cada palavra, cada olhar seu, via um enigma a ser decifrado, um convite para adentrar em um universo tão distante e ao mesmo tempo tão próximo, me sentia perdida no meio das entrelinhas do seu corpo, buscando desvendar os mistérios que habitavam na tua alma.
Tantas vezes me peguei tentando decifrar seus pensamentos, mergulhada nas profundezas do teu ser em busca de compreensão, mas quanto mais tentava desvendar teus segredos, mais percebia o quanto complexo e único você é.
Em meio a esta jornada de autodescoberta e entendimento mútuo, notei que; não é necessário compreender por completo alguém para amá-lo de verdade, é na imperfeição e na incompreensão que reside a beleza mais pura e genuína do amor, assim, aceitei que enquanto buscava entender você, também descobria dia a dia um pouco mais de mim.
Queria entender por que sou por demais complicada e confusa em relação aos meus sentimentos.
Hoje estou muito bem com meus amigos e pessoas próximas, momentos depois, não estou tão bem assim, e me afasto, para não machucá-las com este meu “febril” sentimentos, que por vezes me deixa doida.
Há momentos que tenho vontade de explodir, de sumir, de ir para um mundo só meu onde ninguém me julgue ou me faça sofrer, sinto a necessidade de sair por aí com um sorriso no rosto – forçado – e mostrar a todo mundo que sou feliz, quando na verdade o que mais quero é alguém que me escute em silêncio, que não fale nada, que apenas escutasse o meu choro e que não perguntasse a razão das lágrimas, só me escutasse.
Sinto a sensação de que, me afastando das pessoas que amo me ajuda a entender por que meus sentimentos são tão confusos e complicados, mas acho que esta não é a melhor solução e tento voltar atrás, mas sempre tem uma voz que me diz “NÃO”, que diz para me afastar, deixar um pouco as pessoas de lado, e esta voz é o meu maldito inconsciente, me dizendo que o melhor a fazer é ficar sozinha, sem ninguém por perto.
Muitas vezes penso que todo este turbilhão de sentimentos, é reflexo de um passado próximo, um passado que me deixou assim, como quem naufragou, quando na verdade queria ser um imenso incêndio de Amor e Felicidade, sem neuras com estes sentimentos que me deixam doida.
Sentimentos que sempre me deixam contra pessoas, que por algum motivo maior o meu inconsciente me diz para me afastar, que sempre me deixam com a imagem de ruim ou até mesmo falsa amiga que se afasta do nada, quando na verdade estou em conflito com meus próprios sentimentos.
No momento atual, NÃO desejo a tua volta, pois pode confundir mais a minha vida que era feliz antes de você ir embora…
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WANDENILZA CALDONAZZO. Nasceu em Estiva, no Estado de Minas Gerais, no dia 15 de setembro de 1952. Formada em Ciências Humanas, e em Educação Física. Reside em Itaí desde 1964. Escreve poesia desde os doze anos, suas poesias são mais conhecidas em Porto Alegre–RS, onde recebeu com louvor o Grau de Confrade G-2 da Ordem da Confraria dos Poetas do Brasil no ano de 2000. No mesmo ano, recebeu Menção Honrosa em Concurso Literário, participando da Antologia Poética 2000, com várias poesias publicadas com poetas do país inteiro. Participou do Projeto, em pró do Timor Leste, onde teve uma poesia “Tempo de Guerra” publicada no livro PAZ – Manifesto à Paz Mundial (2003), onde recebeu o Diploma de Mérito Humanitário Internacional. Foi Destaque Especial no II Concurso de Poesias da cidade de Avaré no ano de 1995, tendo suas poesias publicadas na Antologia do concurso.
“Poemas Poesias e Fragmentos” (2003), publicado pela Editora Nativa – SP, foi lançado na Bienal do Livro do ano de 2004, em São Paulo.
“Cristais”, (2004), segunda edição.
Tem poemas, poesias e crônicas publicados em vários projetos realizados em sua cidade.
“1ª Antologia Poética de Itaí.
“Nas pegadas de São Caetano” (2005) Poesias católicas.
“Projeto Ecoteca (2006) – Aconteceu assim…” – crônicas acontecidas entre Professores e alunos.
“Lendas Urbanas de Itaí” (2016) Histórias que viraram lendas, que são apresentadas nas CAMINHADA DAS LENDAS URBANAS DE ITAÍ, teatro saindo do Museu Municipal, passando pelos locais onde as lendas aconteceram e termina dentro do cemitério municipal.
Representa Maria, a mãe de Jesus Cristo a mais de 20 anos na encenação da Paixão de Cristo em sua cidade.
É integrante do grupo de teatro: Arteiros, de Itaí, com vários personagens já encenados e registrados no currículo de atriz.
Ama Itaí como o seu “Pedaço de Paraíso” no Planeta Terra.