Um funcionário do almoxarifado da Apae de Bauru (SP) é investigado pela Polícia Civil por suposto envolvimento no desaparecimento da secretária executiva da instituição, Cláudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos, vista pela última vez no dia 6 de agosto.
A polícia chegou a pedir a prisão preventiva do suspeito, que foi negada pela justiça. Em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (22), a presidente interina da Apae, Maria Amélia Moura Pini Ferro confirmou que o funcionário foi afastado, assim que a entidade tomou conhecimento das investigações sobre ele.
Segundo a Apae, ele foi o único funcionário da entidade afastado durante as investigações.
Ainda na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil realizou buscas no conjunto administrativo da associação, localizado no centro da cidade, onde Cláudia trabalhava junto de Roberto Franceschetti Filho, presidente da entidade preso há uma semana, no dia 15 de agosto, como principal suspeito de envolvimento no desaparecimento da secretária.
Buscas por Cláudia
Um laudo preliminar divulgado na tarde desta quarta-feira (21) , apontou que fragmentos de ossos humanos foram encontrados durante as buscas feitas em uma área rural de Bauru (SP), na tarde de terça-feira (20). A informação foi divulgada pela Polícia Civil.
Segundo a corporação, o material foi encaminhado de forma preliminar para o Instituto Médico Legal (IML) local, de onde deve seguir para o Núcleo de Biologia de São Paulo, para confronto com as amostras de DNA já recolhidas do veículo, de pertences pessoais da vítima e da filha de Claudia.
Em coletiva à imprensa, a Apae confirmou que a área rural onde foram realizadas buscas foi utilizada algumas vezes para descarte de material da Apae, inclusive no dia em que Claudia desapareceu, mas que isso só foi descoberto após uma sindicância interna e que os descartes acontecem exclusivamente nos ecopontos da cidade.
Durante as mesmas buscas, a polícia encontrou os óculos da funcionária desaparecida, objeto que foi reconhecido por parentes dela.
O presidente da entidade onde Claudia trabalha, Roberto Franceschetti Filho, foi preso no dia 15 de agosto por suspeita de envolvimento no desaparecimento da mulher. Investigações da Polícia Civil apontaram que Roberto esteve com Claudia no último dia em que ela foi vista.
O exame balístico confirmou que um estojo de pistola calibre 380 encontrado dentro do veículo no qual a funcionária da Apae de Bauru foi vista pela última vez foi disparado pela arma apreendida na residência do ex-presidente da associação.
Fonte: g1 Bauru e Marília