Ação do GAECO e Policias de SP e Paraná chegaram a organização criminosa com ligações em 3 estados

 

A Polícia Civil do Paraná e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) realizaram na sexta-feira, 20, a “Operação Cama de Gato”, focada em 36 mandados judiciais contra uma organização criminosa interestadual denunciada e envolvida no tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro. A operação ocorreu em cidades do norte do Paraná Carlópolis, Salto do Itararé e Sabáudia e em São Paulo um dos focos principais foi Piraju, mas a operação também atuou em Ribeirão dos Índios, Paranapanema e Chavantes na região. No total, foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 24 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio patrimonial de veículos pertencentes a membros do grupo. A organização criminosa era responsável por tráfico interestadual de drogas, exploração de casas de prostituição e crimes patrimoniais de grande valor segundo o GAECO.

Conforme a apuração inicial integrada do Ministério Público de SP e da Polícia Civil do Paraná foi possível detectar a venda de armas e drogas entre organizações criminosas do Paraná, de São Paulo e também do Rio de Janeiro.

O aprofundamento das investigações do Gaeco paulista apontou para o possível envolvimento de quatro policiais civis de São Paulo no esquema, sendo três de Piraju, um deles vereador na cidade. Ainda conforme o MP, as investigações revelaram a existência de uma rede criminosa com atuação concentrada em Carlópolis, mas com ramificações em outros estados. Além disso, os investigadores descobriram que o grupo revendia armas e munições, até mesmo de grosso calibre, para outras facções criminosas. De acordo com a polícia, o grupo comercializava pistolas, fuzis, submetralhadoras e até metralhadoras por valores entre R$ 25 mil e R$ 125 mil.
“A organização mantinha uma complexa rede de contatos com fornecedores de drogas em grande escala e armamentos de grosso calibre.

Alguns dos fornecedores, localizados no norte do Paraná, também são alvos da operação”, afirma o delegado Pedro Cáprio, da Polícia Civil do Paraná.

Prisões em Piraju surpreendem

O Gaeco e policias de SP e PR prenderam nesta sexta, dia 20/09, envolvidos em tráfico, venda de armas e lavagem de dinheiro numa operação chamada “Cama de Gato” As prisões foram feitas reunindo investigações das polícias de SP e PR.

O que entristeceu Piraju é que muitas pessoas presas seriam da cidade, ou tinham vínculo aqui. Embora não divulgados oficialmente todos os nomes, pelo menos uma mulher e três policiais estão entre os que foram presos, tinham vínculo ou residência na cidade.
Um policial de Avaré também teria sido preso, mas seu nome não foi divulgado.

Desses policiais de Piraju, um deles é vereador na cidade e foi um dos mais votados na eleição passada. É candidato à reeleição e a Folha não conseguiu apurar como ficará sua situação a partir de agora. A última informação que obtivemos é que a sua prisão é temporária por 30 dias e ele vai tentar um habeas corpus. Outro policial preso na cidade atualmente estava lotado na cidade de Paranapanema. Segundo informações eles já vinham sendo investigados pela corregedoria da Policia Civil de SP e foram presos na cidade. Um outro policial que reside em Piraju teria sido preso em SP que seria sua sede.

Nas prisões feitas em SP e PR além de armamento, foram apreendidos carros de luxo, dinheiro e drogas. A organização criminosa segundo o GAECO atuava na venda de armas no Paraná, SP e até no Rio de Janeiro, informou em coletiva a imprensa integrantes do GAECO, no prédio do MP de Bauru.
Um dos policiais de Piraju chegou a tentar destruir seu celular para impedir acesso do GAECO a informações, o que significa que não esperavam a ação.

Os políciais foram levados para o presidio da polícia civil localizado na Av. Zaki Narchi, 1751 – São Paulo.

Fonte: Folha de Piraju

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