
Um projeto de robótica, desenvolvido pelo Colégio Shunji Nishimura, busca transformar a sala de aula em um espaço de inovação, colaboração e desenvolvimento de habilidades do século 21.
Batizada de Robotics Tournament 2025, a iniciativa envolve todos os alunos do 5º ano das escolas municipais e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Fatec Pompeia.
Um torneio entre pequenos robôs está mudando a rotina de alunos da rede pública de Pompeia (SP). Mais do que uma competição, o projeto de robótica, desenvolvido pelo Colégio Shunji Nishimura, busca transformar a sala de aula em um espaço de inovação, colaboração e desenvolvimento de habilidades do século 21.
As atividades ocorrem no contraturno escolar, em oficinas semanais que ensinam, de forma prática e lúdica, os fundamentos de robótica, mecânica, eletrônica e programação.
A metodologia utilizada é baseada na chamada aprendizagem profunda, modelo adotado nas instituições da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia.
Segundo os organizadores, a ideia é que as crianças aprendam a resolver problemas reais e desenvolvam projetos do zero. Cada grupo precisa construir, programar e testar seu próprio robô, seguindo critérios técnicos do torneio.
“Com esse projeto de robótica educacional, as crianças têm a oportunidade de desenvolver aptidão para colocar em prática trabalho em equipe, criatividade e inovação”, afirma Tiago Goulart, secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Durante o processo, os estudantes contam com o apoio de universitários dos cursos de sistemas inteligentes e Big Data no agronegócio da Fatec Pompeia, que atuam como mentores. A função deles é prestar suporte técnico e pedagógico, sem interferir nas decisões das crianças. Essa dinâmica reforça o protagonismo dos alunos e a construção autônoma do conhecimento.
Ao longo dos próximos meses, o projeto será dividido em etapas. O auge será o torneio oficial, no qual os robôs serão testados em batalhas e desafios práticos. O desempenho técnico não será o único critério avaliado, já que a criatividade, o trabalho em equipe, a documentação das etapas e a capacidade de comunicação dos grupos também serão levados em conta.
Para o professor de robótica Breno Lima, o impacto do projeto é ainda maior por acontecer na rede pública. “Projetos como esse são significativos para alunos da escola pública, pois oferecem oportunidades que muitas vezes não estão presentes em seu cotidiano. Além do aspecto técnico, o torneio promove valores como cooperação, respeito, protagonismo e superação de desafios”, explica Breno.
Em meio a engrenagens, sensores e programação, os alunos descobrem que, ao mesmo tempo que podem brincar, eles podem aprender coisas fundamentais, que vão levar para toda a vida.
Fonte: G1 – Bauru e Marília