O frio exige cuidados com a saúde não somente para os humanos, mas também para os pets, principalmente aqueles que são menores, como hamsters, porquinhos-da-índia, coelhos e ratos.
O g1 conversou com o médico veterinário Alison Fernando Canuto. Segundo ele, é preciso se preocupar com a proteção da gaiola e doenças da estação.
Os sinais mais comuns são a perda de apetite, apatia, secreção nasal ou ocular, dificuldade respiratória e sons anormais durante a respiração.
Para entender melhor quais são os cuidados necessários com estes pequenos mamíferos, o g1 conversou com o médico veterinário Alison Fernando Canuto, de 30 anos, morador de Itapetininga (SP). Segundo ele, é preciso se preocupar com a proteção da gaiola e doenças da estação. Veja mais abaixo.
Segundo o médico veterinário, o frio pode causar alterações respiratórias. Os sinais mais comuns são a perda de apetite, apatia, secreção nasal ou ocular, dificuldade respiratória e sons anormais durante a respiração.
Além disso, Alison explica que quadros de alergias com espirros e conjuntivite também podem aparecer e podem ser causados pela irritação das vias respiratórias, seja pelo substrato ou alimentos contaminados.
“As doenças respiratórias são extremamente comuns em roedores de estimação, sendo a causa mais comum de atendimento desses animais com a chegada do inverno, e com ele, o frio. Algumas bactérias são habitantes normais das vias respiratórias dos roedores e, em situações de estresse, podem se proliferar e causar doença”, explicou Canuto.
O veterinário alerta que, se o tutor perceber algum sintoma, o animal deve ser levado imediatamente para receber atendimento veterinário. “A maioria desses animais são presas por natureza, ou seja, podem demorar um pouco para apresentar algum sintoma. A prevenção das doenças comuns é um manejo adequado para a espécie, por enquanto, não possuímos vacinas para a proteção das principais doenças”, completou o veterinário.
Para os animais que ficam em gaiolas, Alison orientou que é fundamental fazer uma cobertura para proteger o animal e evitar a entrada de ar frio. Para isso, pode-se utilizar uma capa própria para gaiolas ou até um cobertor. Também é recomendado não deixar as gaiolas em locais com corrente de ar ou muito frios. E os viveiros externos também precisam de proteção.
O estudante de psicologia e terapia ocupacional, Renan Gustavo Silva, de 29 anos, morador de Sorocaba (SP), é tutor de sete animais, entre eles dois porquinhos-da-índia e um coelho. Ele conta que os cuidados e a atenção são redobrados durante os meses mais frios.
Renan compartilhou que diariamente busca ter cuidados como a limpeza do ambiente individual dos pets. Durante a noite, cada um fica no seu local, as gaiolas e casinhas recebem cobertores e até o auxílio de aquecedores, para manter tudo bem quentinho.
Para a reportagem, Renan comentou que fica bem preocupado com os animais nessa época de frio e que todos demonstram estar com frio, ficando arrepiados. E com os porquinhos-da-índia, um pet de saúde mais delicada, o cuidado é redobrado e precisa ser especializado.
Renan também comentou que fica atento as mudanças na respiração e batimento cardíaco dos pets, pois esses podem ser os primeiros sintomas de uma possível doença. E como todo cuidado é pouco, os porquinhos-da-índia dormem com quatro cobertores e cobertura nas gaiolas.
Ainda sobre a mudança no tempo, o tutor contou que até o comportamento dos animais muda. “Todos eles no frio ficam mais preguiçosos, esfomeados e dorminhocos. Se depender deles, não sabem o que é sair da toca e nem ir tomar um sol, só querem dormir e ficar encolhido”, completou.
Renan, morador de Sorocaba (SP), é tutor de dois porquinhos-da-índia.
Os porquinhos-da-índia e hamsters, que ficam em gaiolas, precisam de proteção contra o vento.
Animais como coelhos, hamsters e porquinhos-da-índia podem desenvolver problemas respiratórios no frio.
Fonte: G1 – Sorocaba e Jundiaí
