AVARÉ – Grupo de 43 moradores protocola denúncia no Ministério Público por suspeita de negligências médicas no pronto socorro

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Foto: Reprodução/ A Voz do Vale
Foto: Reprodução/ A Voz do Vale

Um grupo de 43 moradores de Avaré protocolou uma denúncia no Ministério Público de São Paulo nesta segunda-feira (1º), pedindo uma investigação sobre o Pronto-Socorro Municipal. O grupo, liderado por Vinícius Berna, alega falhas e negligência no atendimento de emergência, que teriam resultado em mortes e colocaram a vida de pacientes em risco.

A denúncia aponta para a responsabilização de gestores e profissionais da saúde, mencionando casos graves de suposta negligência. Entre eles, a morte de Lucas M. Alexandre de Almeida, de 15 anos, que passou 21 dias com dores no Pronto-Socorro sem exames completos. Após a insistência da família, foi diagnosticado com um tumor abdominal e transferido para outro hospital, mas não resistiu. O caso ocorreu em fevereiro deste ano.

Outro caso grave é o de Maria Clara, de 17 anos, que, segundo a família, recebeu um atendimento considerado insuficiente antes de falecer na quarta-feira (27).

O documento também cita a dificuldade de idosos para conseguir atendimento. Uma idosa de 82 anos, por exemplo, teve que se deslocar até a cidade vizinha de Arandu após enfrentar longas filas e demora no Pronto-Socorro de Avaré.

A denúncia ainda destaca a grave falta de recursos humanos, uma situação que o próprio secretário municipal de Saúde, Roslindo Machado, já teria admitido, em entrevista à TV Serrana em maio, reconhecendo a carência de pelo menos seis enfermeiros. Para os denunciantes, essa escassez compromete a segurança dos pacientes e viola normas que regulamentam a saúde.

Em entrevista ao jornalista Salatiel Soares, um dos denunciantes, Vinícius Berna, destacou que a ação busca mostrar que “vidas não podem mais ser colocadas em risco por omissão e descaso do poder público”.

Se a denúncia for aceita, o Ministério Público poderá abrir uma investigação para apurar as responsabilidades e adotar medidas para garantir que o atendimento médico seja feito de forma adequada.

Para os moradores, os episódios recentes não podem ser tratados apenas como casos isolados, sendo que representam um problema estrutural que exige resposta imediata das autoridades e mudanças concretas no sistema de atendimento emergencial do município.

 

Fonte: A Voz do Vale

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