AVARÉ – Prefeito protocola projeto de lei para regularizar construções irregulares no município

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Foto: Reprodução/ A Voz do Vale
Foto: Reprodução/ A Voz do Vale

A Câmara Municipal da Estância Turística de Avaré está analisando o Projeto de Lei, de autoria do prefeito Roberto de Araujo, que propõe a regularização de construções irregulares no município. A proposta estabelece um prazo de três meses para que proprietários possam solicitar a regularização de imóveis que estejam em desacordo com a legislação urbanística vigente.

O projeto visa permitir que edificações já construídas, mas sem a devida autorização, possam ser regularizadas mediante o pagamento de multas calculadas com base na área construída irregular. A iniciativa busca gerar receita para o município e resolver pendências de documentação que afetam milhares de propriedades.

Poderão ser regularizadas construções localizadas na Macro Zona do Núcleo Central (MZ1) e nas Zonas de Urbanização Dirigida (ZUDs), desde que:

  • Estejam efetivamente construídas até a data de publicação da lei;
  • Atendam a condições mínimas de habitabilidade, higiene e segurança;
  • Não estejam em áreas de preservação ambiental, faixas não edificáveis, ou em situações de risco.

Não serão passíveis de regularização:

  • Construções em logradouros públicos ou que avancem sobre terrenos públicos;
  • Imóveis localizados em áreas de preservação permanente (APPs), faixas de domínio de rede elétrica, ferrovias ou rodovias;
  • Edificações que representem risco à segurança ou que violem normas de acessibilidade.

MULTAS – O valor da multa variará conforme o tipo de ocupação (residencial, comercial ou industrial) e o tamanho da área irregular. Propriedades consideradas de “moradia econômica” – até 70 m², de um único pavimento – poderão ser isentas do pagamento, desde que o proprietário não possua outros imóveis.

O projeto já recebeu pareceres favoráveis das comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Orçamento, e Serviços e Obras. Agora, segue para votação em plenário. Caso aprovado, os proprietários terão até novembro de 2025 para protocolar o pedido de regularização na Secretaria Municipal de Planejamento e Obras.

A prefeitura argumenta que a medida é necessária para resolver um passivo urbanístico significativo, regularizar situações consolidadas e arrecadar recursos que serão reinvestidos em políticas habitacionais e urbanas.

A expectativa é que o projeto seja votado ainda este mês. Se aprovado, a Prefeitura fará uma campanha informativa para orientar a população sobre o processo de regularização.

 

Fonte: A Voz do Vale 

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