
O descarte incorreto de garrafas vazias tem facilitado a produção clandestina de bebidas, segundo especialistas. Na região de Jundiaí (SP), fábricas de destilados reforçaram o controle da produção e do descarte de materiais que contêm álcool.
De acordo com o empresário Paulo Brunholi, a falta de fiscalização favorece falsificações e prejudica quem atua corretamente. Especialistas recomendam que consumidores e donos de bares destruam tampas e rótulos ao descartar garrafas, para evitar o reaproveitamento por falsificadores.
A Polícia Civil investiga o uso de metanol por fábricas clandestinas para higienizar garrafas. Na Operação Drink Batizado, quatro pessoas foram presas e mais de mil garrafas apreendidas em Jundiaí e Várzea Paulista. As bebidas, muitas sem selo fiscal, eram vendidas como marcas conhecidas.
O metanol, altamente tóxico, pode causar cegueira e até morte. Um homem de 37 anos está internado em Jundiaí por intoxicação. Segundo o CIATox de Campinas, os sintomas surgem entre 10 e 48 horas após o consumo e incluem dor de cabeça, náusea, vômito, alterações visuais e risco de coma. O atendimento rápido reduz a mortalidade de 50% para menos de 10%.
Fonte: G1 – Sorocaba e Jundiaí