O programa de segurança Muralha Paulista começou a ser implantado nas ruas e avenidas de Bauru (SP). O projeto é uma parceria entre o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Segurança Pública, e a prefeitura municipal, mas ainda não tem data definida para o início das operações.
Diversos pontos da cidade estão recebendo câmeras equipadas com leitor automático de placas de veículos e tecnologia de reconhecimento facial. Para não comprometer a eficácia das futuras ações de segurança, os locais de instalação estão sendo mantidos em sigilo.
Segundo a prefeitura, os equipamentos estarão interligados em tempo real ao banco de dados da Secretaria de Segurança Pública. Ao detectar uma irregularidade, como um veículo roubado ou furtado, o sistema emitirá um alerta automático para a central da Polícia Militar, que direcionará a viatura mais próxima para a ocorrência.
Casos de sucesso na região
No centro-oeste paulista, outras cidades já utilizam sistemas de monitoramento semelhantes. Em Jaú, são 14 câmeras inteligentes nas entradas e saídas, que realizam a leitura de placas em tempo real e são integradas a sistemas de segurança estaduais e federais, como o próprio Muralha Paulista e o Córtex, do Governo Federal.
Em Botucatu, a Guarda Civil Municipal opera 53 câmeras em 19 pontos. O sistema, que utiliza equipamentos com zoom de alta definição e leitores de placas, já se mostrou eficaz na identificação de criminosos. Em abril deste ano, a “muralha digital” de Botucatu ajudou a polícia a prender quatro suspeitos de envolvimento em um latrocínio ocorrido no Paraná. O veículo do grupo foi identificado pelo sistema ao entrar na cidade e a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada.
População pode colaborar
Uma nova fase do Muralha Paulista permite que a população contribua com a segurança. Moradores e comerciantes podem cadastrar suas próprias câmeras de segurança particulares, como residenciais, condominiais ou comerciais, para serem integradas ao programa.
A única exigência para colaborar é que os equipamentos estejam direcionados para a via pública. O cadastro pode ser feito no site do portal da Segurança Pública, utilizando a conta do gov.br.
A iniciativa busca ampliar o alcance do monitoramento com o auxílio da inteligência artificial, que analisará as imagens cedidas. Os voluntários assinam um termo de adesão autorizando o uso das imagens, mas não têm acesso aos dados gerados pelo programa, cujo uso é restrito aos órgãos de segurança autorizados, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Fonte: G1 – Bauru e Marília
