A Enel revelou um plano de investimentos que totaliza R$ 20 bilhões até 2026, com uma alocação de aproximadamente R$ 2 bilhões anualmente para o estado de São Paulo. Esse valor representa um aumento de 45% em relação à média dos últimos seis anos. Contudo, a empresa não apresentou um projeto para o enterramento de fios elétricos, uma medida que poderia ajudar a prevenir apagões durante tempestades. A Enel argumenta que a infraestrutura elétrica no Brasil é predominantemente aérea e que o enterramento de cabos é realizado apenas em situações específicas, com base em critérios técnicos e econômicos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a Enel está em um “estágio probatório” após os recentes apagões em São Paulo. Ele enfatizou que a empresa deve demonstrar melhorias significativas em seus serviços até o verão de 2024-2025. Para isso, 80% do plano de investimentos será direcionado à melhoria da qualidade do atendimento aos 15 milhões de clientes nas 274 cidades que a empresa atende.
Os recursos destinados a São Paulo têm como objetivo a modernização e a expansão da rede elétrica. Entre as ações planejadas estão a reforma da rede de baixa tensão e a instalação de equipamentos de automação, que permitirão uma resposta mais rápida em casos de interrupções no fornecimento de energia. Além disso, a Enel se comprometeu a realizar 600 mil podas na área de concessão, o que representa o dobro do que foi feito no ano anterior, e a instalar mais de 1,5 mil dispositivos de telecontrole.
A companhia também planeja aumentar sua equipe, com a contratação de 5 mil novos colaboradores, e a renovação de sua frota, que contará com 1.650 veículos adicionais nas três distribuidoras até 2026. Essas iniciativas visam não apenas melhorar a eficiência operacional, mas também garantir um atendimento mais eficaz aos consumidores.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller