Entenda PL que equipara portador de fibromialgia a pessoa com deficiência

Entenda PL que equipara portador de fibromialgia a pessoa com deficiência; Foto: portaldareumatologia.com.br

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 3010/19, do deputado Dr. Leonardo, do Republicanos-MT, que estipula diretrizes para o Sistema Único de Saúde (SUS) realizar o atendimento e o tratamento de pessoas com Síndrome de Fibromialgia, fadiga crônica ou síndrome complexa de dor regional. O texto aprovado é de autoria do relator, deputado Josenildo (PDT-AP) e, agora, o projeto será enviado ao Senado.

A fibromialgia é uma síndrome clínica manifestada pela dor em todo o corpo, principalmente na musculatura, além de sintomas como cansaço, sono não reparador, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, é uma doença comum e, a cada dez pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres, principalmente entre 35 e 55 anos.

“A condição enfrenta preconceito devido à falta de exames específicos para diagnóstico. O desafio atual é oferecer um cuidado integral e de qualidade”, aponta o texto. “A fibromialgia ainda não é considerada uma deficiência, causando dificuldade na obtenção de benefícios. Não há cura, mas o tratamento é crucial para controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida”, completou.

O texto prevê a necessidade de avaliação biopsicossocial para a pessoa com essas doenças seja equiparada a pessoa com deficiência. Segundo o projeto, a avaliação deve ser feita por equipe multiprofissional e interdisciplinar e deve considerar os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo, os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais, a limitação no desempenho de atividades e a restrição de participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

O projeto ainda fixa diretrizes para o atendimento, acesso a exames complementares, assistência farmacêutica e acesso a modalidades terapêuticas (como fisioterapia e atividade física, por exemplo), incluindo a participação da comunidade na sua implantação e estímulo à inserção da pessoa com alguma dessas doenças no mercado de trabalho.

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