Calma nessa hora!
É urgente?
O que se manifesta interiormente não é possível recuperar, o tempo que foi perdido em banalidades e pagando dívidas fúteis.
É urgente?
Talvez por isso, é melhor fazer tudo devagar.
“Veste-me devagar, porque estou com pressa!”, dizia Napoleão ao mordomo.
Então vamos fazer o mesmo, diante da urgência interior, declarar à consciência de saber que perder tanto tempo, que a vida vai passando, e nos torna adultos.
Estamos longe de fazer o que de verdade devíamos fazer, apesar dessa adversidade declarada e produzida por nossa indolência, mesmo assim não seria propício acelerar nada, isso provocaria colapsos e discórdias que, na prática, só aprofundariam nossa estagnação.
Viver em Itaí!
Paraíso!
Fazer tudo devagar com eficiência, conscientes de que não podemos continuar vivendo do jeito que vivemos, como se pudesse protelar indefinidamente o que de mais importante precisamos fazer.
Ninguém nasceu aqui para passar uma longa sequência de dias comendo, bebendo, fazendo sexo, trocando de carro, cuidando dos filhos e toda essa longa lista de normalidades que fazem a delícia e tormento das pessoas consideradas decentes.
Calma nessa hora!
A lucidez com que se enxerga essa normalidade provoca uma bravessa que esteve contida por tempo demais, porém, a bravessa não vai resolver nada.
Manter a cabeça no lugar com a lucidez que a vocação interior fornecer, todo ser humano precisa abrir passagem no meio das dificuldades que criou para si, considerando um tempo mínimo de 5 anos, dirigir com firmeza na direção de uma vida mais digna, mais intensa, menos normal.
Queria que o tempo passasse mais devagar.
Que respeitasse meu coração, minhas vontades.
Queria mais chances de recomeçar quando caisse e ver o novo caminho para caminhar.
Queria não perder tempo com coisas inúteis.
Queria entender para depois decidir para quem me entregar.
Queria voltar no tempo!
Recuperar alguns abraços que dei e foram esquecidos.
Recordar algumas alegrias guardadas no fundo das gavetas.
Queria ao meu lado as pessoas que amo, para sempre.
Queria que a vida, a saúde, o amor, a paz, e a felicidade fossem infinitos.
Queria não desistir dos meus sonhos, dos meus desejos passados e dos que futuramente terei.
Mas… calma nessa hora!
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WANDENILZA CALDONAZZO
Nasceu em Estiva, no Estado de Minas Gerais, no dia 15 de setembro de 1952. Formada em Ciências Humanas, e em Educação Física.
Reside em Itaí desde 1964. Escreve poesia desde os doze anos, suas poesias são mais conhecidas em Porto Alegre–RS, onde recebeu com louvor o Grau de Confrade G-2 da Ordem da Confraria dos Poetas do Brasil no ano de 2000.
No mesmo ano, recebeu Menção Honrosa em Concurso Literário, participando da Antologia Poética 2000, com várias poesias publicadas com poetas do país inteiro.
Participou do Projeto, em pró do Timor Leste, onde teve uma poesia “Tempo de Guerra” publicada no livro PAZ – Manifesto à Paz Mundial (2003), onde recebeu o Diploma de Mérito Humanitário Internacional.
Foi Destaque Especial no II Concurso de Poesias da cidade de Avaré no ano de 1995, tendo suas poesias publicadas na Antologia do concurso.
“Poemas Poesias e Fragmentos” (2003), publicado pela Editora Nativa – SP, foi lançado na Bienal do Livro do ano de 2004, em São Paulo.
“Cristais”, (2004), segunda edição.
Tem poemas, poesias e crônicas publicados em vários projetos realizados em sua cidade.
“1ª Antologia Poética de Itaí.
“Nas pegadas de São Caetano” (2005) Poesias católicas.
“Projeto Ecoteca (2006) – Aconteceu assim…” – crônicas acontecidas entre Professores e alunos.
“Lendas Urbanas de Itaí” (2016) Histórias que viraram lendas, que são apresentadas nas CAMINHADA DAS LENDAS URBANAS DE ITAÍ, teatro saindo do Museu Municipal, passando pelos locais onde as lendas aconteceram e termina dentro do cemitério municipal.
Representa Maria, a mãe de Jesus Cristo a mais de 20 anos na encenação da Paixão de Cristo em sua cidade.
É integrante do grupo de teatro: Arteiros, de Itaí, com vários personagens já encenados e registrados no currículo de atriz.
Ama Itaí como o seu “Pedaço de Paraíso” no Planeta Terra.