Fugi daqui

QUANDO VOCÊ ME VER SOZINHA…

Quando você me ver sozinha, tenha a certeza que estou muito bem acompanhada.

Acompanhada da suficiente experiência que tenho

para saber que se apaixonar é pior do que nunca ter me apaixonado.

Acompanhada da paciência de compreender que esperar o momento certo, é o melhor para chegar na perfeição que quero conseguir alcançar.

Acompanhada da humildade,

para deixar as pessoas se aproximarem de mim, ao contrário, se for para as distanciar, que eu o faça com educação.

Acompanhada da fé que tenho, para concluir que, mesmo a roseira que já secou várias vezes, floresce novamente, se for de Deus, essa a vontade!

Fugi hoje, praticamente fugi e bem acompanhada.

Fugi de mim.

Fugi em mim.

Fugi para mim.

Fugi enfim.

Fugi sem fim.

Fugi sem mim.

Bem acompanhada, fugi.

Fugi no mundo.

Fugi sem rumo.

Fugi com prumo.

Estaparfúdia.

Bem acompanhada, fugi.

Fugi com coragem.

Fugi com vontade.

Fugi com vaidade.

Fugi sorrindo.

Fugi linda.

Fugi comigo.

Bem acompanhada, fugi.

Fugi para mim.

Fugi assim.

Fugi devagarinho.

Fugi quietinha.

Bem acompanhada, fugi.

Fugi armada.

Fugi desalmada.

Fugi exagerada.

Que palha assada.

Bem acompanhada, fugi.

Fugi para mim.

Adorei assim.

Basta eu em mim.

Fraqueza?

Tenho várias!

Estar só, mesmo acompanhada de várias pessoas é uma delas.

Egoísmo?

Muito pelo contrário.

Acabo não pensando muito em mim por querer me livrar dessa solidão indesejada.

A solidão é perversa, de pensamentos, idéias contrárias ao atual mundo que a cada dia fica mais louco.

Gosto do simples, é natural isso? Sim, é, mas só desejo ter amigos, livros e minha família unida, inteira, sem nenhum “naco” a mais nem menos.

Não desejo ouvir “você é um exemplo”, ninguém precisa ser exemplo para ser real ou digno de viver bem.

Quero acordar, pular, sorrir fazer o que gosto sem precisar me preocupar com o tamanho da minha casa, ou com o que irão dizer dos meus atos.

As pessoas se afastam rápido, elas desistem de serem simples e felizes.

Sinceramente, não preciso de um celular atual para me sentir feliz, ou do carro do ano.

Quero mesmo é minhas irmãs e meu irmão juntos comigo, quero acreditar que ninguém vai me decepcionar como andam fazendo.

Não quero mais guerra, não quero diferenças, quero que todos sejam felizes e que se estabeleçam às próprias regras, que não sejam fantoches, que não aceitem a traição, a malícia, a violência gratuita, que saibam se defender sem machucar ou se machucar.

Prefiro as flores que são inocentes e não perdem o seu perfume, não pensam, não ouvem, não falam, mas a sua beleza é eternizada pelo Criador.

Portanto, neste momento: FUGI DAQUI!

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Foto: ArquivoPessoal

 

WANDENILZA CALDONAZZO

Nasceu em Estiva, no Estado de Minas Gerais, no dia 15 de setembro de 1952. Formada em Ciências Humanas, e em Educação Física.

Reside em Itaí desde 1964. Escreve poesia desde os doze anos, suas poesias são mais conhecidas em Porto Alegre–RS, onde recebeu com louvor o Grau de Confrade G-2 da Ordem da Confraria dos Poetas do Brasil no ano de 2000.

No mesmo ano, recebeu Menção Honrosa em Concurso Literário, participando da Antologia Poética 2000, com várias poesias publicadas com poetas do país inteiro. Participou do Projeto, em pró do Timor Leste, onde teve uma poesia “Tempo de Guerra” publicada no livro PAZ – Manifesto à Paz Mundial (2003), onde recebeu o Diploma de Mérito Humanitário Internacional. Foi Destaque Especial no II Concurso de Poesias da cidade de Avaré no ano de 1995, tendo suas poesias publicadas na Antologia do concurso.

“Poemas Poesias e Fragmentos” (2003), publicado pela Editora Nativa – SP, foi lançado na Bienal do Livro do ano de 2004, em São Paulo.

“Cristais”, (2004), segunda edição.

Tem poemas, poesias e crônicas publicados em vários projetos realizados em sua cidade.

“1ª Antologia Poética de Itaí.

“Nas pegadas de São Caetano” (2005) Poesias católicas.

“Projeto Ecoteca (2006) – Aconteceu assim…” – crônicas acontecidas entre Professores e alunos.

“Lendas Urbanas de Itaí” (2016) Histórias que viraram lendas, que são apresentadas nas CAMINHADA DAS LENDAS URBANAS DE ITAÍ, teatro saindo do Museu Municipal, passando pelos locais onde as lendas aconteceram e termina dentro do cemitério municipal.

Representa Maria, a mãe de Jesus Cristo a mais de 20 anos na encenação da Paixão de Cristo em sua cidade.

É integrante do grupo de teatro: Arteiros, de Itaí, com vários personagens já encenados e registrados no currículo de atriz.

Ama Itaí como o seu “Pedaço de Paraíso” no Planeta Terra.

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