Professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS afirma que banco de areia já existia antes da enchente.
Sedimentos que descem para o Guaíba, como terra e pedras, ajudaram na formação de bancos de areia ao lado de uma ilha em Porto Alegre. Segundo pesquisadores, o fenômeno é considerado natural e pode ser explicado pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.
O pesquisador Mauricio Paixão, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirma que o banco de areia já existia antes da enchente.
“É um processo natural, ele faz parte do que a gente chama de evolução da paisagem. Então, ilhas se formam, ilhas são destruídas. Ele pode, eventualmente, se conectar a uma ilha próxima aqui. Pode, num evento futuro, até mesmo, esse sedimento ser removido e ser levado ao longo do curso do rio”, comenta.
Banco de areia no Guaíba
3/9Imagem de drone registra banco de areia no Guaíba, em Porto Alegre — Foto: Leomar Teichmann/Arquivo pessoal
4/9Estádio Beira-Rio ao fundo, visto de banco de areia formado no Guaíba, em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV
5/9Usina do Gasômetro (esquerda), Centro Histórico de Porto Alegre e Centro Administrativo (direita), vistos de banco de areia no Guaíba — Foto: Reprodução/RBS TV
6/9Banco de areia formado no Guaíba — Foto: Tiago Boff/RBS TV
7/9Silhueta de Porto Alegre ao fundo, vista de banco de areia formado ao lado de ilha no Guaíba — Foto: Tiago Boff/RBS TV
8/9Banco de areia no Guaíba visto do alto de morro em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV
9/9Banco de areia ao lado de ilha do Guaíba visto do alto de um morro em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV
Apesar de chamar atenção, a formação do banco não preocupa especialistas. “Não é um volume que preocupa ou que possa impactar negativamente uma inundação similar ou até mesmo uma inundação maior do que a que ocorreu aqui na região”, afirma Paixão.
As enchentes que atingiram o RS entre abril e maio afetaram mais da metade dos bairros de Porto Alegre, somando uma população de 160,2 mil moradores na capital. Em todo o RS, foram 182 mortes confirmadas – 29 pessoas seguem desaparecidas.