Mananciais de SP operam com 26% da capacidade e Governo de SP reforça necessidade urgente do uso consciente da água

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Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

 

Os mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo operam com apenas 26,42% da capacidade, reflexo da seca severa, do calor extremo e do aumento expressivo do consumo, que chegou a crescer até 60% em alguns pontos. Diante do cenário crítico, o Governo de São Paulo intensificou ações de monitoramento, prevenção e gestão da demanda, autorizando a Sabesp a reduzir a pressão da rede no período noturno, o que gera economia diária superior a 1,2 milhão de caixas d’água.

 

Reservatórios estratégicos como Cantareira e Alto Tietê operam próximos de 20%, exigindo atenção contínua. A situação é acompanhada por um comitê intersetorial ligado à política estadual de mudanças climáticas, com medidas alinhadas ao Programa São Paulo Sempre Alerta e ao Plano de Adaptação e Resiliência Climática.

 

A onda de calor levou ao aumento de 9% na produção de água, mesmo com menor número de consumidores devido às festas de fim de ano. Com previsão de chuvas abaixo da média em janeiro, o governo reforça a urgência do uso consciente da água, destacando que hábitos simples podem gerar grande economia no consumo diário.

 

Investimentos realizados após a crise hídrica de 2014/2015 ampliaram a resiliência do sistema, com obras como a transposição Jaguari-Atibainha, o Sistema São Lourenço e reforços recentes no Alto Tietê, beneficiando milhões de pessoas. Até 2027, estão previstos R$ 1,2 bilhão em novas obras.

 

Desde 2025, São Paulo adotou um modelo avançado de gestão hídrica, com sete faixas de atuação que orientam medidas graduais de prevenção e contingência conforme o nível dos reservatórios. Atualmente, o estado está na faixa 3, que prevê redução noturna de pressão por 10 horas e intensificação das campanhas de conscientização, com o objetivo de evitar o avanço para cenários mais críticos de desabastecimento.

 

Fonte: Agência SP

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