Os 10 Filmes do Ano

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Mais uma lista de Melhores Filmes do Ano que passou não vai matar ninguém. Sendo assim, apresento a minha, de acordo com o meu gosto particular. Mas não são assim todas essas listas?

 

1- BARBIE:

 

O filme da boneca bateu todos os recordes de bilheteria (mais de 1 bilhão e 300 milhões de dólares arrecadados) mas dividiu opiniões, menos a minha. Achei ótimo desde o primeiro take. Sinto uma certa resistência à “Barbie” quando falo do filme. Os machões não querem nem saber por achar que é filme de frutinha. Algumas fêmeas alienadas sem sororidade também. Azar deles. Político até o talo, com um elenco fantástico e um visual de cair o queixo, “Barbie” é o filme do ano.

 

2- “OPPENHEIMER”:

 

A biografia do pai da bomba atômica é unanimidade. Já ganhou, até agora, mais de 70 prêmios. Filme sério, longo e cheio de diálogos com gente velha, chocou o mundo ao arrecadar quase 950 milhões de dólares nas bilheterias mundiais. É o mais sério candidato a TODOS os Oscars deste ano. Merecido, eu acho.

 

 

3- “ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES”:

 

Fiquei me perguntando porque Leozinho di Caprio está tão medonho nesse filme, com a boca caída prá baixo e bochechudo, igual Marlon Brando em “O Poderoso Chefão”. Feio assim, será que é para ganhar outro Oscar? Pode ser. Não gostei muito do filme, apesar da direção de Scorcese. Acho “O Irlandês“, de 4 anos atrás, bem melhor. Enfim, genocídio de índios é coisa que dá Ibope atualmente e a galera aproveita a onda. Razoável, apenas.

 

4- “ANATOMIA DE UMA QUEDA”:

 

O filme francês já havia ganhado a Palma de Ouro no Festival de Cannes em maio do ano passado e agora arrebenta nas listas de melhores em todas as premiações. Homem cai do terraço de seu chalé nos Alpes e a esposa escritora é acusada de assassinato. Como adoro filmes de tribunal, chapei nesse. E nunca as relações humanas entre casais foram tão abertamente dissecadas. Dá até agonia. Um arrojo de filme, com uma atriz (Sandra Huller) fantástica!

 

5- “OS REJEITADOS”:

 

Numa escola para ricos, aluno problemático fica sem ninguém que o busque no Natal, ficando então sob a tutela de um professor pra lá de chato (Paul Giamatti, fantástico). Durante o período, eles irão se entender e descobrir que tem mais coisas em comum do que sonha a vã filosofia. O filme tem defensores ferrenhos, já ganhou um monte de prêmios e não deverá sair de mãos abanando na cerimônia do Oscar.

 

6-  “O SOM DA LIBERDADE”:

 

Incensado pela crítica e sucesso de bilheteria no início do ano passado, o filme sobre pedófilos acabou flopando depois. Ninguém nem se lembrou dele nas premiações de fim ou início de ano. Pena. A temática pesada e o viés “direitista” da obra deve ter feito vários narizes de esquerda ou progressistas se virarem para ela. Besteira. Pode até ser o filme preferido de Trump, mas que é um belo filme isso é mesmo. E nunca vi tanta criancinha da mais tenra idade aliciada pelos barões da pedofilia! Chocante e corajoso, no mínimo.

7- “SEGREDOS DE UM ESCÂNDALO”:

Julianne Moore e Natalie Portman estão ótimas neste drama que tem vários defensores exaltados. Eu já não achei lá grande coisa. Julianne é a mulher casada com família que aos 40 anos seduz e corrompe o funcionário de sua clínica veterinária, de 13 anos. Vai presa. Na cadeia, dá à luz o fruto da relação proibida. Portman, vinte anos depois, é a atriz que a visita por uma semana, já que vai vivê-la no cinema. Ou numa série, sei lá. O filme pretende ser tão despojado que acaba ficando meio sem sal. Mas as atrizes salvam o espetáculo, ambas cotadas para o Oscar desde já.

 

8-  “NYAD”:

 

Esse surpreendente filme da NETFLIX é maravilhoso desde o começo. Conta a história da nadadora Diana Nyad (Annette Bening, a melhor do ano) que com mais de 60 anos, um belo dia, resolve nadar de Cuba até a Flórida, num percurso brabo mar afora de mais de 160 km. Sua técnica, Jodie Foster, é contra no princípio, mas depois acaba aderindo à aventura. Detesto filmes de superação pessoal, mas esse vale a pena. E a dupla de atrizes, maravilhosas, também está cotada às estatuetas do Oscar. Muito bom.

 

 

 

9- “O ASSASSINO”:

 

As tiazonas da Netflix detestaram (a maioria do resto também) este filme seco conciso e preciso que foca nas consequências – na vida do assassino – de um atentado fracassado. Michael Fassbender carrega o filme nas costas, ajudado pela direção esplêndida de David Fincher (O Clube da Luta, Benjamin Button). Uma obra perfeita resultando num filme espetacular, de bem pouca ação. Vai ver que é por isso que a caterva mal acostumada não gostou.

 

10- “FIVE NIGHTS AT FREDDY´S”:

 

Um filme de terror que só estará presente entre os Melhores do Ano nesta lista aqui: kkkkkkkk – Que bom! Com quase 300 milhões de dólares arrecadados, é o filme de terror mais rentável do ano, superando as fracassadas franquias de “Invocação do Mal”, “A Freira” e “O Exorcista”, que no ano que passou mostraram filmes pavorosos de ruim. Num fliperama abandonado, bonecos gigantes criam vida e saem matando, já que os corpinhos e as alminhas de crianças abusadas e mortas por um pedófilo estão dentro deles (literalmente). Um arroubo de criatividade num filme que segue faturando. Melhor até que “Feriado Macabro” (Thankisgiving) de Eli Roth, mas essa já é outra história.

CARLINHOS BARREIROS:

É professor, jornalista e escritor. Atuou em Piraju nos jornais “Folha de Piraju”, “Observador” e “Jornal da Cidade”, sempre como cronista ou crítico de Cinema/Literatura. Publicou o livro de contos “Insânia: O Lado Escuro da Lua” (esgotado). Em 2006, foi o primeiro colocado no Concurso de Poesias, Contos e Crônicas da FAFIP (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Piraju) com o conto “Sade no Sertão”.

Atualmente, revisa os originais de seu livro de contos ainda inédito, “Freak Show”. Mora em Piraju, onde contribui eventualmente com a imprensa local com crônicas/contos e agora valoriza o site farolnoticias.com.br com seus comentários imperdíveis.

Seu ensaio sobre a contracultura em Piraju nos Anos 60 e 70 do século passado: “Eu, Carlinhos Barreiros, drogado e prostituído” foi publicado com sucesso no blogue da USP (Universidade de São Paulo), do jornalista Luciano Maluly, ficando no top dos Mais Lidos por várias semanas.

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