
A Procuradoria-Geral da República (PGR) rejeitou, ao menos neste momento, a proposta de delação premiada do empresário Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”. O órgão considerou insuficientes as provas apresentadas para corroborar as informações relatadas.
Natural de Avaré, Beto Louco é apontado pela Polícia Federal como um dos líderes de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis, investigado na Operação Carbono Oculto. A tentativa de colaboração perdeu força após o empresário passar a citar autoridades com foro privilegiado, o que levou o caso do MPF no Paraná à PGR, em Brasília.
Entre os nomes mencionados estaria o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a quem Beto Louco teria oferecido canetas do medicamento Mounjaro durante um encontro em Brasília. A PGR, no entanto, não encontrou elementos robustos que sustentassem essas alegações. Procurados, os citados não se manifestaram até o momento.
As investigações indicam que o empresário articulava fraudes contábeis e financeiras ao longo de toda a cadeia do petróleo para ocultar recursos da organização criminosa, mantendo um padrão de vida luxuoso incompatível com sua renda declarada. Apesar da negativa inicial da delação, o caso segue em apuração e deve continuar em evidência.
Fonte: Natália Portinari/Uol




