PORTO FELIZ – Defesa Civil confirma que cidade foi atingida por microexplosão; entenda o fenômeno

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Temporal e ventania causou estragos em uma fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP) — Foto: Régis Rosa/TV TEM/G1
Temporal e ventania causou estragos em uma fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP) — Foto: Régis Rosa/TV TEM/G1

A Defesa Civil concluiu que o município de Porto Feliz (SP) foi atingido por uma microexplosão e não por um tornado na segunda-feira (22). A tempestade e o vendaval causaram estragos pela cidade.

Segundo a Defesa Civil, a cidade registrou rajadas de vento de até 90 km/h. A força do vento arrancou o telhado da fábrica da Toyota, localizada às margens da Rodovia Marechal Rondon, e pedaços da estrutura foram lançados a mais de 6 km de distância. Devido aos danos, a montadora suspendeu, por tempo indeterminado, a produção de veículos.

Uma análise preliminar, realizada por meteorologistas de uma empresa especializada em tempo severo, sugeriu que os estragos poderiam ter sido causados por um tornado. No entanto, essa possibilidade foi descartada pela Defesa Civil.

O órgão informou que a gravidade do ocorrido exigiu uma nova análise meteorológica, com imagens específicas das áreas de chuva detectadas por radares. Com base nesses dados, foi possível identificar que uma microexplosão atmosférica causou os estragos na fábrica.

A Defesa Civil explicou que as imagens produzidas pelos radares e satélites não apresentaram o padrão específico de ocorrência de tornado, conhecido como eco de gancho ou hook echo.

Sobre a previsão para a região, a Defesa Civil alertou que a primavera trará elevação das temperaturas e aumento da frequência de chuvas no estado, que devem se intensificar nos últimos três meses do ano.

Com a restauração da umidade do solo, também haverá aumento dos riscos de deslizamentos, alagamentos e enxurradas em áreas vulneráveis.

Na região de Sorocaba e Campinas (SP), as temperaturas mínimas sobem de 12°C em setembro para 20°C em dezembro, enquanto as máximas ultrapassam os 30°C. As chuvas se intensificam a partir de novembro, com risco de alagamentos urbanos e impactos na área rural.

Fonte: G1 – Sorocaba e Jundiaí

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