
Entre o fim do Natal e a chegada do Ano Novo, o calendário costuma ser tomado por confraternizações, encontros e brindes em sequência. O excesso, no entanto, costuma cobrar seu preço no dia seguinte, com sintomas como dor de cabeça, enjoo, sede intensa e mal-estar — a clássica ressaca.
Segundo o médico Armindo Matheus, o período de dezembro favorece esse quadro por reunir calor, noites mal dormidas, alimentação desregulada e consumo de álcool em ambientes quentes. “As pessoas dormem menos, comem rápido, bebem em ambientes quentes e se esquecem da água. Esse conjunto faz o álcool agir de forma mais intensa e causa a famosa ressaca”, explica.
Para evitar o problema, o especialista recomenda cuidados simples antes de beber, como manter o corpo hidratado, alimentar-se adequadamente, evitar o consumo de álcool em jejum e não misturar diferentes tipos de bebida. “O corpo precisa de equilíbrio. Quando hidratação e alimentação acompanham a bebida alcoólica, o impacto diminui muito”, destaca.
Caso o exagero já tenha acontecido, a orientação é focar na recuperação. Beber bastante água ao longo do dia, consumir água de coco, frutas e soro de hidratação, optar por refeições leves, descansar e evitar excesso de café ajudam a aliviar os sintomas. Banhos mornos também podem contribuir para o bem-estar. “A ressaca é o jeito que o corpo encontra para avisar que passou do limite. O foco deve ser hidratar, repor energia e descansar”, afirma o médico.
O alerta vale ainda para crianças e idosos, que são mais vulneráveis à desidratação durante o calor. “Eles desidratam com mais facilidade e precisam de água, descanso e alimentação adequada, mesmo durante as festas”, reforça.
Por fim, o especialista orienta procurar atendimento médico em casos de sintomas mais intensos, como vômitos persistentes, tontura forte ou mal-estar prolongado. “A ressaca passa, mas a saúde deve estar sempre em primeiro lugar”, conclui.
Fonte: Gardênia Cavalcanti – O Dia




