Após meses de investigações, a Câmara Municipal de Itapeva, no interior de São Paulo, apresentou na última quinta-feira (21/11) o relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) 02/2023, conhecida como “CEI dos Prints”. O documento concluiu que não foram encontradas evidências concretas que comprovassem as denúncias de irregularidades em processos de licitação da Prefeitura. Diante disso, o caso foi arquivado.
As acusações giravam em torno de prints de supostas conversas atribuídas ao ex-assessor de governo Geovane Rodrigues, conhecido como “Gat5”. Esses registros indicariam favorecimento a empresas em contratos emergenciais e licitações municipais. Contudo, a CEI afirmou que não foi possível estabelecer conexões entre os prints e as licitações investigadas, nem identificar atos ilícitos.
A Comissão, inicialmente presidida por Preto Vasco (PDT) e, posteriormente, por Celinho Engue (PDT), contou com a participação dos vereadores Saulo Leiteiro (Solidariedade), Robson Leite (União Brasil), Aurea Rosa (PP) e Tarzan (PP). Apesar da expectativa gerada pela população, o relatório apontou que as denúncias eram baseadas em interpretações subjetivas e careciam de comprovação.
O desdobramento mais recente desse caso envolve o prefeito de Itapeva, Dr. Mario Tassinari. Sua falta de respostas às solicitações da CEI culminou na abertura de uma Comissão Processante, que pode levar à sua cassação. O julgamento está marcado para a próxima segunda-feira (25/11), às 10h. Para que o prefeito perca o mandato, pelo menos 10 dos 15 vereadores precisam votar a favor da sua cassação.
A população segue atenta aos desdobramentos políticos do caso. Embora o arquivamento da “CEI dos Prints” tenha gerado frustração, muitos esperam que o julgamento do prefeito traga uma decisão que reflita compromisso com a transparência e a justiça.
Relembre o Caso
Em julho de 2024, uma denúncia envolvendo suspeitas de corrupção milionária sacudiu Itapeva. A denúncia apontava um assessor especial da Prefeitura, acusado de negociar contratos e pagamentos suspeitos com uma empreiteira. Supostos prints de conversas trocadas pelo aplicativo WhatsApp mostrariam o servidor e representantes da empresa discutindo valores de contratos emergenciais.
Essas mensagens foram enviadas anonimamente à Câmara Municipal, que decidiu abrir a investigação. O material também foi encaminhado ao Ministério Público e a outros órgãos de fiscalização. Apesar da grande expectativa, a CEI não conseguiu conectar os prints a irregularidades concretas.
Agora, o foco está no julgamento do prefeito, um momento crucial que poderá definir o rumo da administração de Itapeva. A população aguarda ansiosamente por respostas e espera que os vereadores ajam com coragem e responsabilidade no desfecho deste episódio.