Continuam em Bauru as investigações sobre a morte do estudante Humberto Moura Fonseca, 23 anos, em festa universitária na cidade. Humberto sofreu coma alcoólico após tomar 25 doses de vodka em competição de “quem bebia mais” em festa open bar.
A Polícia, junto ao Ministério Público, já chamou para depor todos os participantes e está verificando se a indústria da bebida financiou a festa. Em entrevista a Izilda Alves, o promotor do direito do consumidor Libório Nascimento, disse que quer proibir em Bauru as festas “open bar”, mas explicou que não há lei que as proíba.
“Não há lei específica dizendo se é permitido ou proibido as festas. O que temos que buscar é um mecanismo legal para tentar solicitar perando ao Judiciário uma medida que impeça que essas festa se dêem com disponibilidade de bebida à vontade. Reconheço que, sob o aspecto prático, é muito difícil de ser evitado. Nada impede que um sujeito cobre ingresso numa festa, numa boate e depois sirva bebida à vontade. Há dificuldades práticas para isso, mas há de se tentar fazer alguma coisa”, explicou.
Vale lembrar do alerta dos médicos com relação a ingestão de álcool. A velocidade da ingestão foi maior do que a capacidade de eliminação. O álcool inibe o sistema nervoso central e a pessoa acaba perdendo a capacidade de respiração, podendo causar a morte. A frequência respiratória diminui, pode ficar inconsciente, equilibrio e movimento são afetados, dificuldade para falar.
*Ouça a entrevista completa no áudio acima
