
O São Paulo é o mais novo campeão da Supercopa Feminina. As tricolores conquistaram o título neste sábado (15) e acabaram com a hegemonia corintiana que durava três anos. A equipe conquista o campeonato no ano de sua estreia na competição, e leva para casa R$ 700 mil reais, enquanto as adversárias vão ficar com R$ 500 mil. Porém, para conseguir esse feito inédito foi preciso ir para as penalidades, porque no tempo regulamentar elas até tiveram a chance de matar o jogo em duas oportunidades, mas não conseguiram. A primeira em um pênalti no começo do segundo tempo, e a segunda no finalzinho do jogo, mas a arbitragem marcou impedimento no gol de Karla Alves. Essa conquista para as tricolores pode ser escrita pelo São Paulo como uma revanche do Brasileiro do ano passado, quando foram derrotados pelo Corinthians, quebra de hegemonia, já que impediu as alvinegras se mantivesse como as únicas campeãs do torneio, e título inédito, porque além de ser o primeiro desde a reativação, é o primeiro grande título desde 1997, quando tinham conquistado a Copa Brasil. Essa foi a primeira vez que o São Paulo conseguiu vencer o Corinthians em uma final de competição. Os times já tinham se enfrentado quatro vezes, e as tricolores nunca tinham conseguido vencer.
São Paulo e Corinthians entraram em campo no Morumbi com o mesmo objetivo, mas com nuances diferentes. As Brabas, tricampeãs e únicas detentoras do título até então, buscavam o tetracampeonato, já as Tricolores, visavam sua primeira conquista em seu ano de estreia. No primeiro tempo de jogo, com menos de dois minutos de jogo, o São Paulo apostou na velocidade de Dudinha para criar duas jogadas pela direita, com apoio da Bruna Calderan, peça nova no time tricolor. No ano passado ela estava no Palmeiras, onde foi campeã Paulista. As maiores jogadas das tricolores na primeira etapa saíram assim, com foco na agilidade de Dudinha e Giovanna Crivelari, que voltou a jogar no São Paulo depois de uma temporada no Flamengo. Só que, apesar das criações, no passe final para a finalização, as tricolores deixaram a desejar, o que fez com que não fosse possível abrir o placar.
Já o Corinthians, levava a melhor nas jogadas de bola parada. E foram em três lances como esse que a equipe se aproximou do gol de Carlinha. Na primeira, Duda Sampaio mandou em cima da barreira, em uma cobrança de falta. Aos 12 minutos, Gabi Zanotti cobrou escanteio com direção certeira, mas a goleira tricolor defendeu. Na terceira chance, após uma cobrança de falta, a bola sobrou para o Corinthians, que encontrou Zanotti, sua camisa 10, dentro da área e mesmo caída, ela conseguiu mandar chute para o gol, mas Carlinha defendeu. Sem conversões dos dois lados, a partida foi para o intervalo empatada sem gols.
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Na volta para etapa final, a partida não tinha nem marcado um minutos quado o São Paulo teve a chance de abrir o placar. Dudinha foi derrubada dentro da área por Lelê, goleira do Corinthians, e a arbitragem marcou pênalti com a ajuda do VAR, que passou a ser usado na Supercopa Feminina na semifinal da competição. Camilinha, camisa 10 das tricolores, foi para cobrança, mas não converteu e Lelê defendeu. Apesar do susto inicial, o Corinthians também levou pressão e ficou perto de marcar em uma cobrança de escanteio, que resultou na cabeçada de Ariel, mas Carlinha conseguiu tirar a bola na hora certa e evitar o gol das adversárias.
Aos 19 minutos, Corinthians teve três oportunidades na sequência de marcar o gol. Mas foram bloqueadas pelas zaga e goleira do São Paulo. Vendo a pressão do time adversário, o técnico Thiago Viana mexeu, tirou Camilinha e Crivelari e colocou Serrana e Karla Alves. Lucas Piccinato não ficou para trás e fez o mesmo, tirou Ariel e Tamires e colocou Letícia Monteiro e Juliete. As equipes fizeram um jogo equilibrado, com as duas equipes buscando o resultado. Já na reta final, nos acréscimos, aos 47 minutos, as tricolores conseguiram balançar as redes com Karla Alves, após passe de Aline Milene e levar os poucos mais de nove mil torcedores presentes no estádio a loucura, porém, a arbitragem marcou impedimento de Aline Mile e anulou o gol. Com o placar zerado, a partida foi para as penalidades.
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Gabi Zanotti, pelo lado do Corinthians, foi que abriu as cobranças e marcou. Do lado do São Paulo, Karla Alves deu início e também converteu. Vic Albuquerque foi segunda a bater pelo lado alvinegro, e a artilheira das Brabas perdeu a cobrança. Kaká, que também atende como zagueira artilheira, bateu a segunda para as tricolores e marcou. Andressa Alves foi para terceira cobrança e marcou o segundo para o Corinthians. Aline Milene, capitã tricolor, bateu o terceiro das tricolores e perdeu. Mariza fez a quarta cobrança e converteu. Bruna Calderan empatou. Robledo foi a última a cobrar na primeira parte e jogou para fora. Robinha ficou com missão de decidir o título e conseguiu, converteu o pênalti, garantiu as tricolores como campeãs.