Sinal de celular aponta presidente da Apae no local onde carro usado por funcionária desaparecida foi encontrado, diz polícia

Presidente da Apae é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionária em Bauru — Foto: Renan Casal/JCNET

O presidente da Apae de Bauru (SP), Roberto Franceschetti Filho, preso na tarde desta quinta-feira (15) suspeito de estar envolvido no desaparecimento da funcionária Claudia Regina da Rocha Lobo, teve sua localização confirmada pelo sinal do seu celular no local onde o carro que ela estava, que pertence a entidade, foi encontrado no dia 7 de agosto.

De acordo com a Polícia Civil, as movimentações do investigado foram captadas por torres de sinal e informaram que Roberto Fransceschetti esteve presente no local em que o carro utilizado pela última vez por Claudia Regina da Rocha Lobo foi encontrado, no bairro Vila Dutra, no dia 6 de agosto, dia do desaparecimento dela. O carro foi localizado pela polícia na manhã do dia seguinte.

O suspeito foi conduzido para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Bauru e ouvido no final da tarde. Durante a noite, Roberto foi transferido para o CDP de Pirajuí (SP). Nesta sexta-feira (16), ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada após audiência de custódia e foi levado para o Centro de Detenção Provisória de Pirajuí.

Secretária executiva da diretoria da entidade, Claudia foi vista pela última vez na tarde do dia 6. O suspeito foi preso em casa, onde uma pistola calibre 380 também foi apreendida. A arma tem o mesmo calibre de um estojo que foi encontrado no veículo em que Cláudia dirigia antes de desaparecer.

Ainda segundo a corporação, vestígios encontrados no veículo durante a perícia realizada no dia 7 de agosto, quando foi localizado, foram identificados como marcas de sangue. Uma das principais linhas de investigação é de que se trata de um homicídio.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Cledson Nascimento, no final da tarde desta quinta-feira, foram realizadas diligências em uma área de descarte de material da Apae, no bairro Pousada da Esperança, porém nada e nenhum corpo foi encontrado.

Em nota, a defesa de Roberto afirmou que ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação. “Por conta de ter sido decretado segredo de justiça no inquérito policial eu não posso me manifestar sobre as investigações, a única coisa que posso te afirmar é que nosso cliente ainda não prestou depoimento até o presente momento e nós ainda não tivemos acesso ao conteúdo da investigação”, afirmam os advogados Vanessa Mangile Leandro Pistelli e Lucas Matins.

Já a Apae disse, também em nota, que se surpreendeu com a notícia do envolvimento de Roberto Franceschetti Filho no desaparecimento de Claudia Regina da Rocha Lobo e que o fato não tem relação com os serviços prestados.

Além disso, foi confirmado que Roberto não faz mais parte do corpo diretivo e que Maria Amélia Moura Pini Ferro está na presidência da instituição.

A entidade também informou que os atendimentos continuam normalmente em suas unidades.

Fonte: g1 Bauru e Marília

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